Caso covaxin: Augusto Aras pede arquivamento de inquérito contra Bolsonaro

    Na manhã dessa sexta-feira, dia 18, a Procuradoria Geral da República (PGR) pediu ao STF o arquivamento do inquérito da suposta prevaricação do presidente Jair Bolsonaro no caso da compra da vacina indiana.
    Para o procurador-geral Augusto Aras e para a Policia Federal, a conduta criminosa atribuída a Bolsonaro não é substancial, visto que o presidente não tinha como dever funcional tomar previdências sobre possíveis irregularidades na compra do imunizante, uma vez que não seria uma competência atribuída ao cargo de chefe do executivo.
    Vale lembrar que em depoimento à CPI da covid-19, os irmãos Miranda disseram ter relatado ao presidente sobre suspeitas de irregularidades nas negociações da Covaxin. Segundo eles, houve uma pressão atípica vindo de integrantes do mais alto escalão do ministério para que houvesse uma aceleração no processo de negociação com uma empresa intermediária com um valor muito acima do preço pago por outras vacinas. 
    O que chama atenção é o fato de que o  presidente da república, que é nossa maior autoridade e deveria agir como tal, não pôde se quer alertar aos órgãos fiscalizadores sobre essas possíveis irregularidades. O homem honesto que foi eleito com a promessa de acabar com a corrupção teve a oportunidade de concretiza-la e desperdiçou por mero cumprimento aos seus atributos como presidente. 

Presidente Jair Bolsonaro e procurador-geral Augusto Aras.




    Estávamos passando por um momento ímpar da nossa história. O mundo inteiro correndo por aquisições de vacinas e o presidente do Brasil tem conhecimento de possíveis desvios e absteve-se  de atitude. Esse é o presidente patriota que coloca seu povo em primeiro lugar?
    Pode não ter sido um crime de prevaricação, mas foi uma falha moral. Essa é a vantagem de se ter um fiel escudeiro na PGR.






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